Defeito de massa


 
O núcleo dos átomos é formado essencialmente por prótons e nêutrons, sendo os prótons partículas positivas e os nêutrons partículas neutras. Entretanto, como os prótons, que são partículas positivas e que, portanto, sofrem repulsão elétrica (cargas de mesmo sinal se repelem), podem se manter juntos no núcleo?
 

A explicação para esse fato está fundamentada na perda de massa que se converte em energia, a qual é a responsável pela manutenção dos prótons e nêutrons juntos. Vamos analisar, por exemplo, a formação de um átomo de hélio, constituído por dois prótons, dois nêutrons e dois elétrons:

 
  
Massa do próton    =  1,00758 µ

Massa do nêutron  = 1,00893 µ

Massa do elétron  =  0,0005486 µ

 


Admitindo que não haja perda de massa, a massa de um átomo de hélio seria de:

 
2 p + 2 n + 2 e- Þ 2 . 1,00758 + 2 . 1,00893 + 2 . 0,0005486 = 4,03411 µ

 
Entretanto, a determinação experimental mostra que a massa de um átomo de hélio é 4,003901 µ. Isso nos evidencia que, quando um átomo de hélio se forma, há uma perda de massa de 0,030211 µ (4,03411 - 4,003901).

 
Essa massa perdida é convertida em energia, que irá dar a estabilidade ao núcleo e, consequentemente, impedir a repulsão dos prótons.
 

Esse fenômeno recebe o nome de perda mássica ou efeito do empacotamento.
 

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